No painel “transforming cities into playful learning spaces” Grace Cannon, Rigo Rodriguez e Jennifer Vey, trouxeram cases e dados de pesquisas científicas sobre o impacto positivo da construção de espaços lúdicos em ruas e praças nos Estados Unidos, onde as crianças aprendem brincando. Como principais resultados, eles demonstraram a melhora na alfabetização e o aumento significativo das habilidades comportamentais e sociais das crianças, em especial em bairros mais vulneráveis.
Já no encontro “How universities must adapt” os palestrantes abordaram uma preocupação e uma necessidade urgente para mudarmos o ensino superior como ele é hoje. Mais da metade dos estudantes americanos acham que a universidade não é capaz de prepará-los para o mercado de trabalho. Esse número é similar em outros países, de acordo com os especialistas. O que precisamos fazer para mudar este cenário? Os estudantes não querem e não tem tempo para uma graduação de 4 anos. Não é um desafio fácil de ser solucionado, mas foi abordado como possíveis soluções, a customização de trilhas educacionais de acordo com o que o mercado de trabalho atual necessita e o investimento em disciplinas como “critical thinking”, comunicação e tecnologia, independente da área de estudo.
No painel “Alliance Digital Equity & AI in Education”, Beth Havinga, da EdSAFE AI que é um consórcio para um ecossistema educacional de inovação em IA mais seguro e inclusivo, abordou os avanços e desafios sobre o uso da AI na educação. Ela falou sobre o uso da linguagem generativa e mostrou que o que as empresas oferecem é a capacitação computacional, pois as máquinas aprendem com os inputs dos usuários, nós seres humanos. No final do dia nós somos o produto e ainda temos que pagar por ele.
Já no encontro “The Future of Learning in the Metaverse “ com a especialista Maya Georgieva, aprendemos que o metaverso é baseado em uma convergência de diversas tecnologias, incluindo XR, AI, blockchain para alimentar mundos virtuais 3D. Esses desenvolvimentos remodelarão o cenário educacional, incluindo trabalho e aprendizado remotos, governança descentralizada, novas formas de credenciar o aprendizado e certificar nossas identidades digitais. Ela também demonstrou desafios profundos, incluindo acessibilidade, a ética das nossas interações virtuais e como os objetivos da indústria de tecnologia se encaixam na missão mais ampla da educação.
No workshop “The DJ saved my life”, eu fiquei super curioso com o título deste workshop e não me arrependi de ter ido. Os facilitadores compartilharam um framework de trabalho com 5 passos de como preparar um material de ensino com o poder de engajar um grupo de pessoas ( estudantes, executivos, líderes) da mesma forma que um DJ precisa engajar e animar uma festa. Para a minha surpresa os DJ’s têm vários aspectos em comum com nosso trabalho, como facilitadores de inovação.
Em “Learning in the age of AI: What’s next” foi um painel super interessante, onde os especialistas abordaram questões relacionadas a ética e as possíveis mudanças nos relacionamentos entre alunos e professores, quando uma terceira parte entra no jogo, no caso a IA e como isso vai redefinir o nosso modelo de educação no futuro. Os alunos já estão usando o Chat GPT ( 53% dos universitários americanos, por exemplo), para ajudá-los em tarefas acadêmicas. Achei interessante que mesmo com tanta tecnologia e que vai crescer significativamente nos próximos anos, o relacionamento interpessoal ainda é um pilar considerado insubstituível. A IA nunca será capaz de ser criativa e isso prova que sempre precisaremos de seres humanos para cocriar coisas incríveis no mundo.
Um dos workshops mais esperados, foi o da Minerva School, listada como a mais inovadora universidade no mundo. A facilitadora trouxe um framework utilizado pela instituição baseado em alguns princípios do “awe”, que refere-se a algo que te deixa muito impressionado, que é imponente e inspirador.
Tudo isso que eu vivenciei só confirma que precisamos de um novo formato de aprendizagem, mais customizada, mais inclusiva, mais colaborativa, mais tecnológica, mais criativa e olhando para o futuro.
E ainda fiz amizades muito valiosas e conexões profissionais super interessantes, em especial com a delegação de brasileiros que esteve aqui, pessoas extremamente curiosas, inteligentes e inovadoras.
A Co-Viva ajuda muitas empresas e departamentos anualmente a cocriarem um planejamento estratégico inovador, de forma colaborativa e com metas e KPI’s muito claros. Para mais detalhes, entre em contato com a nossa equipe no oi@co-viva.com.
Gostou do artigo? Deixe aqui os seus comentários e sugestões de temas 😉
Itamar Olimpio é fundador da consultoria de inovação corporativa CO-VIVA. É professor de inovação e empreendedorismo em MBA’s na FIAP e no SENAC, e professor convidado de Inovação do MBI, (Master Business Innovation) da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), além de mentor da aceleradora de startups da FIAP, Amplifier e no Hub Inovativa. É mestre em Inovação de negócios pela Imagineering Academy, da Breda University na Holanda, onde também leciona como professor convidado.
GOSTOU DESSE CONTEÚDO? COMPARTILHE EM SUAS REDES SOCIAIS!
contate-nos
- OI@CO-VIVA.COM
- +55 11 95853-2652
- Feito com ❤️ em São Paulo
- Quer trabalhar na Co-Viva?
newsletter
Receba novidades do mundo da inovação corporativa!