Ter um propósito definido é um dos importantes fatores que levam uma empresa a ter sucesso nos negócios. Afinal, ter um propósito corporativo definido amplia o engajamento dos colaboradores, aumenta a retenção de talentos e viabiliza melhor retorno financeiro. Por fim, acelera a inovação.

No entanto, é necessário explicar que o propósito é mais do que um simples objetivo. Na verdade, ele é a razão pela qual determinada organização existe e a necessidade a qual ela atende. Por isso, é válido se perguntar: se desaparecêssemos amanhã, o mercado e o mundo seriam diferentes? 

Diante de questões como esta, Larry Fink, presidente e CEO da BlackRock, lembra que “o propósito não é apenas a busca de lucros, mas sim a força inspiradora para alcançá-los”. Em outras palavras, é o que manterá as pessoas — colaboradores, fornecedores e consumidores — engajados com o negócio e buscando formas de melhorá-lo.

Qual a relação entre propósito e inovação?

No livro Collective Genius: The Art and Practice of Leading Innovation, Linda A. Hill, coautora da obra e professora da Harvard Business School, lembra que a inovação é um processo colaborativo e ocorre entre indivíduos com diversas perspectivas e experiências. 

De acordo com Hill, as organizações que conseguem inovar com maior frequência têm mais do que um propósito definido. Na verdade, possuem um propósito convincente, o que torna as pessoas dispostas a colaborarem e a fazerem o trabalho mais dedicado e consistente em prol da inovação.

A chave está em conseguir engajar os colaboradores com um propósito capaz de envolver os mais diferentes perfis de pessoas. Inicialmente, isso pode parecer impossível, mas não é.  

Chegar a um propósito não é uma tarefa simples

Para chegar a um propósito definidor, a empresa precisa revisitar os caminhos já percorridos e deve se basear naqueles valores que prevalecem há anos em sua jornada.  

Para entender a importância de ter definido um propósito, compartilho alguns exemplos. O do Starbucks é “Inspirar e nutrir o espírito humano —  uma pessoa, um copo e uma comunidade de cada vez”. Mais do que vender um café, a proposta é alcançar grupos de forma positiva.

Outro bom exemplo é o da Apple. Neste caso, o propósito da empresa é desenvolver —  e vender — o design, a inovação e a criatividade. No caso da Magalu, o propósito é levar a muitos o que é privilégio de poucos. Para a Havaianas, o foco é espalhar a alegria da cultura brasileira.

A partir desses exemplos, podemos entender que um propósito deve inspirar os colaboradores. Além disso, ele é capaz de manter as pessoas engajadas e dispostas a perpetuarem determinados valores de uma marca. Dessa relação, forma-se uma cultura de inovação, onde o objetivo é aperfeiçoar e ampliar esta razão de ser do negócio.

Preciso lembrar que os detalhes do desenho organizacional, a construção das equipes, o estabelecimento de metas, a maneira como os gerentes se comunicam também influenciarão a busca pelo propósito e o sucesso de uma empresa na área de inovação.

O poder do propósito em números

Até aqui, tudo o que falamos pode parecer, para algumas pessoas, fatores que estão distantes do sucesso ou não de um negócio. No entanto, inúmeros dados, estatísticas e pesquisas confirmam a importância do propósito estabelecido para uma empresa. 

Um estudo divulgado no Brasil pela revista Exame, em 2019, trouxe uma pesquisa de 2017 da consultoria EY, mostrando que empresas com propósito tem colaboradores 5 vezes mais engajados, um retorno financeiro 10 vezes maior, e um turnover 3 vezes menor.

Ainda pensando nos trabalhadores, a consultoria Great Place to Work US estima que colaboradores se empenham quatro vezes mais quando sabem que o seu trabalho tem um significado especial. Nessas circunstâncias, são 11 vezes mais comprometidos a permanecerem em suas organizações.

Quando pensamos nos cargos de gerência, 79% dos líderes acreditam que o propósito de uma organização é fundamental para o sucesso do negócio. No entanto, 68% também entendem que o propósito não é usado como um guia nos processos de tomada de decisão da organização, segundo pesquisa da PwC.

Mesmo sendo evidentes os benefícios das empresas terem um propósito e manterem o engajamento de seus funcionários, isso ainda não é regra no mercado. Nos Estados Unidos, apenas 34% dos trabalhadores estão, de fato, engajados com a sua companhia, segundo levantamento da empresa Gallup.

De acordo com a Unilever, as marcas que trabalham por uma vida mais sustentável crescem 69% mais rápido do que os outros negócios da companhia. São os casos da Dove, Vaseline e Ben & Jerry’s, por exemplo.

Um levantamento da consultoria EY de 2017, realizado em 42 países com mais de 2.000 líderes, mostra que 44% deles dizem trabalhar em empresas em busca de um propósito, além do lucro.

A partir dessas inúmeras evidências, está claro que o propósito é parte fundamental de uma empresa e pode acelerar o processo de inovação quando bem aplicado. Por outro lado, trabalhando há anos nesse mercado, sei que esse entendimento ainda não é regra e precisa ser ampliado no mercado brasileiro.

Gostou deste artigo? Deixe um comentário!

Pensando nesses desafios, a Co-Viva desenvolveu um laboratório de inovação de propósito. Por dois dias e inúmeras conversas, em um processo de cocriação com consultores especialistas, ajudamos as empresas a definirem o seu propósito, de forma colaborativa, e ensinamos como transformá-lo em uma prática diária. Para mais detalhes, entre em contato com a nossa equipe no oi@co-viva.com 

GOSTOU DESSE CONTEÚDO? COMPARTILHE EM SUAS REDES SOCIAIS!

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Deixar uma resposta


Siga-nos em nossas redes sociais:

contate-nos
newsletter

Receba novidades do mundo da inovação corporativa!