Inovação é a palavra-chave para que organizações e empresas liderem o mercado em 2022. Em números, mais de 80% dos executivos sabem que a inovação é essencial para sua empresa, segundo um levantamento da consultoria McKinsey. Só que apenas 6% entendem que os programas de inovação, adotados em suas companhias, são eficazes.
Como expliquei na primeira parte desta série, no artigo “Como inovar – Parte 01”, inovar não é algo que simplesmente acontece. É preciso tempo, envolvimento dos colaboradores e investimento de recursos. Para ajudar a trilhar novos caminhos para 2022, compartilho mais 5 dicas que ajudarão sua organização a inovar, de forma eficaz, neste ano.
6. Olhe para 2021
Planejar o futuro, inevitavelmente, significa olhar para o passado e analisar como foram os resultados de 2021 dentro da sua organização. A partir dessas observações, é possível entender pontos que podem ser melhores estruturados. Aqui, vale iniciar sessões de cocriação para ouvir os colaboradores. A ideia é gerar e priorizar ideias. Nesse aspecto, é possível discutir acertos, melhorias e mudanças necessárias para seguir inovando.
7. Pense como uma empresa pequena
De acordo com uma das diretoras da Coca-Cola, a Tanja Petrović, importantes lições sobre como inovar podem ser aprendidas com empresas pequenas. No cenário atual, a executiva explica que estas empresas se destacam por algumas particularidades, como a abordagem mais ágil.
Hoje, grandes companhias enfrentam um número significativo de mudanças no mercado e precisam agir, de forma ágil, para manterem a posição que levou anos para ser consolidada, só que essas adaptações são complexas e envolvem inúmeras burocracias internas.
Outro aprendizado a ser estimulado, segundo Petrović, é o elevado nível de engajamento entre os colaboradores — tanto os de dentro da empresa quanto os de fora — e, principalmente, com os consumidores. As marcas estão mais próximas e transmitem essa sensação para o público.
8. Capacitação dos colaboradores
Falar em inovação depende do envolvimento dos colaboradores. Inclusive, este é um ponto que já abordei neste texto, mas acredito que seja sempre válido reforçá-lo. Afinal, a equipe é parte fundamental de qualquer negócio e dela depende parte significativa dos resultados, mesmo que os produtos sejam excelentes.
Para dar os primeiros passos, é necessário procurar ajuda. Nesse sentido, ela pode ser interna e um bom começo é montar um comitê interno de inovação. Esse apoio também pode ser externo, com a contratação de consultorias especializadas em Inovação — como a Co-Viva — ou de profissionais especializados.
Lembro que nenhum diretor financeiro é contratado sem experiência sólida e comprovada na área de finanças. Para obter bons resultados no campo da promoção de iniciativas inovadoras dentro de uma companhia, é válido seguir esses mesmos critérios, já estabelecidos para outros setores, ou seja, saiba selecionar os parceiros adequados.
9. Falhe, mas esteja encarando o sucesso
É verdade, a inovação não deve funcionar o tempo todo e isto deve ser considerado dentro de um planejamento. No entanto, os benefícios do sucesso podem superar todo o impacto de uma série de iniciativas que não geraram os resultados esperados. Independente dos ganhos, as experiências anteriores é que, muito provavelmente, garantirão estes acertos futuros.
Ainda na questão dos acertos e erros, gosto do conceito de fail fast — o que podemos traduzir como falhe rápido. O termo destaca a importância da experimentação e, eventualmente, do fracasso como uma estratégia para o aprendizado. Testar diferentes possibilidades é o caminho mais garantido para se alcançar melhores resultados.
10. Use o coração
A revolução digital já é realidade e faz parte de qualquer empresa, mas a inovação não depende exclusivamente das últimas tecnologias disponíveis. Inovar pode e deve ser feito também com o coração, já que todo esse processo envolve a empatia.
Vale explicar que podemos definir empatia como a faculdade de compreender emocionalmente um objeto. Em outras palavras, produtos e serviços também devem despertar sensações em seus consumidores, o que não é uma tarefa simples. Essa relação é conhecida como Design for Emotion e deve resultar em experiências positivas, de uma forma até subjetiva, para o usuário.
Encerro esta lista com a ideia de trazer o coração, as emoções e os sentimentos para o processo de inovação. Isso porque acredito que, para encararmos e vencermos os próximos meses, serão necessários: estratégia, visão de mercado e disposição para as empresas. Por outro lado, também será fundamental que se conectem verdadeiramente com os seus consumidores e colaboradores.
Aposto que um grau maior de envolvimento e de motivação deve ser indispensável para o ano de 2022.
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