Itamar Olimpio é fundador da consultoria de inovação corporativa CO-VIVA, com clientes no Brasil e no exterior, como Ourofino Saúde Animal, Sinqia, Energisa, Natura & Co, PwC, GE, UOL, WeWork, Stefanini, Moinho Régio, Grupo Krindges entre outros. É professor de inovação e empreendedorismo em MBA’s na FIAP, além de mentor de startups no Inovativa Brasil e Rock New Ventures. É mestre em Inovação de negócios pela Imagineering Academy, da Breda University na Holanda, onde atua como professor convidado.
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- abril 10, 2025
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O que podemos aprender com o SXSW 2025
POR ITAMAR OLÍMPIO, CEO CO-VIVA
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A era da transformação chegou – e com ela, a necessidade de repensar o modo como as empresas se preparam para um futuro repleto de inovações e desafios. A seguir, compartilho um resumo com dicas práticas para que as organizações possam não apenas acompanhar essas mudanças, mas também transformar desafios em oportunidades.
O Futuro em Transformação
Vivemos um momento de convergência tecnológica sem precedentes, onde a inteligência artificial, sensores, biotecnologia e automação se unem para criar sistemas capazes de aprender, adaptar-se e evoluir. Essa união não só redefine processos e modelos de negócio, como também traz à tona a importância dos aspectos humanos e sociais dentro das organizações.
Principais Tendências e Inflexões
1. Saúde Social em Destaque
Um dos insights mais relevantes do SXSW é a emergência da “saúde social”. Em um cenário em que a tecnologia especialmente a IA pode substituir certas capacidades humanas, manter e fortalecer os relacionamentos interpessoais se torna essencial. Organizações que investem em ambientes colaborativos e que promovem o bem-estar dos colaboradores tendem a obter melhores índices de produtividade e retenção de talentos.
2. A Nova Ameaça da Tecnologia
Embora a tecnologia, em especial a IA, não venha para substituir o ser humano, ela pode induzir à passividade e afetar a autonomia na tomada de decisões. É necessário que as empresas repensem a forma como integram essas ferramentas em seus processos, garantindo que a tecnologia complemente a capacidade humana, sem criar dependências prejudiciais.
3. Convergência e Agilidade
A rápida obsolescência do conhecimento que já passou de décadas para cerca de dois anos exige uma mudança de mentalidade. A capacidade de aprender e se reinventar rapidamente é hoje um diferencial competitivo crucial. Essa transformação impõe uma cultura de aprendizado ágil e contínuo, onde a adaptação constante se torna a norma.
4. Riscos e Vulnerabilidades Emergentes
Junto às inovações, surgem novos riscos: a descentralização da TI, vulnerabilidades em segurança digital, desafios relacionados à privacidade e até riscos associados à biotecnologia. As empresas precisam atualizar seus protocolos e estratégias de gerenciamento de risco para lidar com essas ameaças de maneira proativa.
5. Novas Formas de Liderança e Pensar
Os especialistas destacam que os líderes devem ser fluentes em tecnologia, mas também empáticos e capazes de promover uma cultura organizacional dinâmica e resiliente, onde a flexibilidade e a abertura para novas ideias são fundamentais.
Dicas para Empresas se Prepararem para o Futuro
Invista em Educação e Desenvolvimento Ágil:
Upskilling e Reskilling: Desenvolva programas internos e parcerias com instituições de ensino que promovam a atualização constante dos colaboradores em áreas como IA, automação e novas metodologias de trabalho.
Cultura de Aprendizado Contínuo: Incentive a curiosidade e a experimentação com treinamentos, workshops e cursos rápidos que permitam a rápida absorção e aplicação de novos conhecimentos.
2. Priorize a Saúde Social e o Bem-Estar
Gestão Humanizada: Adote práticas de gestão que coloquem os relacionamentos e a empatia no centro da cultura organizacional, garantindo que a tecnologia seja uma aliada e não substituta das interações humanas.
Ambientes Colaborativos: Crie espaços e oportunidades que estimulem a conexão e a comunicação entre os times, valorizando não só a saúde física e mental, mas também a saúde social.
3. Adote Tecnologias Emergentes com Consciência
Integração Estratégica: Explore a integração de novas tecnologias – como sistemas de IA agenticos, automação colaborativa e computação quântica sempre avaliando os impactos na autonomia e na tomada de decisões.
Prototipagem e Experimentação: Implemente metodologias ágeis que permitam testar e iterar soluções inovadoras em ambientes controlados antes de uma adoção em larga escala.
4. Reinvente Modelos de Liderança e Gestão
Liderança Digital e Empática: Forme líderes que, além de dominar aspectos tecnológicos, saibam inspirar e motivar suas equipes a se adaptarem e inovarem continuamente.
Integração entre Áreas: Quebre silos e promova a integração entre áreas como TI, marketing, RH e jurídico, comunicação e etc para construir uma visão holística dos desafios e oportunidades, garantindo uma resposta mais rápida e eficaz às mudanças. Invista na cocriação e na colaboração entre as áreas.
5. Gerencie Riscos e Proteja a Inovação
Segurança Digital Atualizada: Desenvolva estratégias robustas de segurança cibernética que levem em conta as novas vulnerabilidades trazidas pela descentralização da TI e pelas inovações tecnológicas.
Compliance e Privacidade: Mantenha processos de conformidade que acompanhem a evolução tecnológica, minimizando os riscos e protegendo a privacidade dos dados dos clientes e colaboradores.
6. Fomente a Inovação Interna
Cultura de Experimentação: Estimule a criatividade e a busca por novas soluções dentro da empresa, incentivando iniciativas de inovação que desafiem os modelos tradicionais e proponham novas formas de pensar e agir. Estimule a criatividade nos seus times.
Parcerias Estratégicas: Colabore com universidades, centros de pesquisa e outras empresas para compartilhar conhecimentos e desenvolver projetos que estejam na vanguarda das tendências globais. Invista em projetos de inovação aberta ou crie uma estratégia para pensar em parcerias fora da empresa.
Conclusão:
A mensagem central é clara: o futuro exigirá uma fusão entre tecnologia e humanidade. Empresas que souberem equilibrar a adoção de tecnologias emergentes com a valorização dos relacionamentos e do aprendizado contínuo estarão melhor posicionadas para prosperar num ambiente cada vez mais dinâmico e desafiador.
Ao investir em capacitação, repensar modelos de liderança e gerenciar riscos de forma estratégica, as organizações não só se preparam para o futuro, mas também transformam a própria essência de seus negócios criando ambientes inovadores, resilientes e verdadeiramente humanos.
Essa abordagem não é apenas uma estratégia de sobrevivência, mas um convite à transformação: imagine um futuro onde a tecnologia amplifica o potencial humano e não o substitua, onde cada desafio é uma oportunidade de crescimento e cada inovação um degrau rumo a um novo patamar de excelência.
Preparar-se para esse futuro é, acima de tudo, um ato de coragem e visão, essencial para quem deseja liderar a nova era da transformação digital e social.
Obrigado pela leitura até aqui!😉
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