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Do conceito à prática: cases e estratégias de modelos de negócios disruptivos

POR ITAMAR OLÍMPIO, CEO CO-VIVA

Ideias disruptivas não surgem do nada. Elas são construídas.

No mundo dos negócios, falar sobre disrupção já virou quase um clichê. Mas o que realmente faz um modelo de negócio disruptivo sair do papel e transformar um mercado inteiro? Na primeira parte deste artigo, discutimos o que caracteriza um modelo disruptivo e como algumas empresas estão reinventando suas indústrias. Agora, vamos aprofundar a discussão com cases reais e estratégias aplicáveis.

Se você quer entender como as empresas deixaram de ser apenas boas ideias e se tornaram referências globais, continue lendo.

Quando a disrupção sai do papel – 3 cases de sucesso

Criar um modelo de negócio disruptivo não significa apenas ter uma boa ideia. O que diferencia as empresas que realmente transformam mercados é a execução estratégica e a capacidade de desafiar padrões já estabelecidos. A seguir, exploramos três empresas que não só inovaram, mas mudaram completamente a lógica de seus setores.

1. Carros autônomos

Procedimento que já está sendo testado e realizado pela Uber, em parceria com a Waymo, para trazer corridas onde não existe motorista para te levar ao seu destino. Inclusive, eu recentemente tive essa experiência, e conto aqui no meu LinkedIn como foi!

➡ Desafio 

Superar algumas das dificuldades de mobilidade urbana, especialmente as que envolvem as complexidades entre passageiro e motorista (cada vez mais constantes), enquanto o mesmo tipo de serviço já disruptor é oferecido: um deslocamento geográfico solicitado via aplicativo.

➡ Estratégias adotadas

  • Novas tecnologias: que permitem principalmente um procedimento seguro, com um veículo que anda de maneira distanciada de outros, reconhece espaços e pessoas e usa a tecnologia para pensar nos melhores trajetos;
  • Parcerias importantes: feitas não apenas com a Waymo, mas também com os veículos elétricos da Jaguar iPace;
  • Precificação e direito de escolha: a empresa mantém o mesmo preço de uma corrida com motorista, mas para acessar a opção autônoma, é necessário selecionar essa opção em suas configurações.

➡ Como resultado, temos:

  • Experiência única: considerando que os usuários terão acesso a um veículo híbrido e guiado de forma diferente, trazendo interações nunca percebidas antes.
  • Pioneirismo: ao entrar de vez num mercado em potencial.
  • Construção cultural: incentivando o uso de um mercado que tem tendência a crescer, especialmente entre os mais jovens e com tendência à tecnologia.

2. GreenMobility

Mais do que veículos automatizados, a empresa proporciona a opção de escolher os melhores caminhos num processo de mobilidade urbana, economizando tempo e garantindo um deslocamento mais sustentável.

➡ Desafio

Colocar à disposição dos usuários carros verdadeiramente sustentáveis, e auxiliar nas questões mais complexas de tráfego urbano dos grandes centros.

➡ Estratégias adotadas

  • Veículos elétricos: como forma de garantir um deslocamento “verde” e mais econômico;
  • Acesso “All Inclusive”: onde em várias regiões itens como estacionamento, seguro e até mesmo as taxas para carregar o veículo já estão inclusas, eliminando esse estresse dos consumidores.
  • Tecnologia em todas as etapas: desde o aluguel, pagamento, e principalmente um sistema que gerencia os trajetos para garantir o deslocamento com rotas melhores. 

➡ Como resultado, temos:

  • Destaque no mercado: com potencial para uma liderança iminente, especialmente num setor que tem tendência de crescimento.
  • Impacto sustentável: permitindo que os consumidores atuem diretamente na redução da emissão de carbono, bem como no uso consciente das ferramentas de mobilidade urbana.
  1. BioTechX 

Empresa que une tecnologia e medicina para desenvolver caminhos de tratamentos inovadores para doenças raras e complexas.

➡ Desafio

Auxiliar profissionais de medicina e pacientes a encontrarem os melhores caminhos para tratar condições de saúde raras.

➡ Estratégias adotadas

  • Inteligência Artificial – o uso de uma IA para fazer pesquisas e procedimentos de edição genética é o principal diferencial, essencial para garantir protocolos eficientes e avançados no tratamento.
  • Alta tecnologia – para processar os dados de maneira rápida e eficiente, permitindo encontrar mutações e outros dados genéticos que ajudem a criar tratamentos personalizados para cada paciente.

➡ Como resultado, temos:

  • Nova tendência em tratamentos: que podem se tornar mais específicos e modificar bastante o setor.
  • Incentivo para mudanças no mercado farmacêutico: que precisará desenvolver novos medicamentos ou com diferenças para atender essas demandas.

O impacto real dos modelos disruptivos

Além dos cases, os números mostram que a disrupção é um movimento permanente. Veja só: 

👉 Empresas digitalizadas têm 2,3 vezes mais chances de superar concorrentes em crescimento de receita.

👉 O mercado global de economia compartilhada já movimenta US$ 335 bilhões e segue crescendo.

👉 Startups com modelos escaláveis crescem até 50% mais rápido que empresas tradicionais.

A disrupção não é só para grandes empresas – qualquer organização que consiga se adaptar rapidamente e eliminar ineficiências pode encontrar um oceano azul de oportunidades.

Como aplicar estratégias disruptivas na sua empresa?

Para que um negócio se torne disruptivo, ele precisa adotar práticas que permitam flexibilidade, adaptação rápida e um modelo escalável. Isso envolve três pilares principais: metodologias ágeis, capacitação contínua e investimento em tecnologia.

A seguir, exploramos as melhores práticas que podem ajudar sua empresa a implementar um modelo de inovação sustentável.

 

  1. Metodologias ágeis

➡ Scrum e Kanban: Facilitam a gestão de projetos, priorizando entregas rápidas e ajustes constantes.

➡ Lean Startup: Teste ideias rapidamente com o menor investimento possível, validando antes de escalar.

➡ Design Thinking: Foca na experiência do usuário, garantindo soluções alinhadas às reais necessidades do mercado.

 

  1. Cultura de Inovação

➡ Hackathons e Desafios de Inovação :Incentivam criatividade e colaboração interna.

➡ Inovação aberta: Criar programas de colaboração com startups e universidades, promovendo trocas de conhecimento e novas perspectivas para os desafios da empresa.

➡ Ambientes que incentivam a experimentação: Empresas disruptivas não punem o erro – elas aprendem com ele. Criar um ambiente onde os colaboradores podem testar ideias sem medo é essencial para a inovação.

 

  1. Investimento em tecnologia

➡ Cloud Computing: A computação em nuvem permite escalabilidade, segurança e redução de custos operacionais. Empresas que migram para a nuvem ganham agilidade e eficiência.

➡ Big Data & Analytics: Dados são o novo petróleo. Empresas que analisam dados conseguem prever tendências, personalizar ofertas e tomar decisões mais estratégicas.

➡ Inteligência artificial e automação: Chatbots, recomendação personalizada e automação de tarefas operacionais aumentam a eficiência e melhoram a experiência do cliente.

O que separa as empresas inovadoras das obsoletas?

Negócios disruptivos não nascem de grandes investimentos, mas sim de grandes perguntas:

  • Como podemos simplificar?
  • Como podemos eliminar barreiras?
  • Como podemos oferecer algo que o cliente nem sabia que precisava?

Essas perguntas são o ponto de partida das empresas que redefinem mercados. Foi assim que o Spotify mudou a forma como ouvimos música, que a Tesla provou que veículos elétricos são viáveis e que o Coursera levou a educação de elite para qualquer pessoa com internet.

O que separa os inovadores dos obsoletos não é apenas tecnologia – é a capacidade de enxergar oportunidades onde os outros veem limitações.

📌 Se há processos burocráticos que complicam a vida do seu cliente, eles podem (e devem) ser eliminados.

📌 Se há ineficiências no seu modelo de negócios, alguém mais ágil pode encontrar uma solução melhor.

 

E agora? Você vai liderar essa transformação ou assistir enquanto outros fazem isso primeiro? Vamos abrir esse debate nos comentários. 

 

Obrigado pela leitura até aqui!😉

Itamar Olimpio é fundador da consultoria de inovação corporativa CO-VIVA, com clientes no Brasil e no exterior, como Ourofino Saúde Animal, Sinqia, Energisa, Natura & Co, PwC, GE, UOL, WeWork, Stefanini, Moinho Régio, Grupo Krindges entre outros. É professor de inovação e empreendedorismo em MBA’s na FIAP, além de mentor de startups no Inovativa Brasil e Rock New Ventures. É mestre em Inovação de negócios pela Imagineering Academy, da Breda University na Holanda, onde atua como professor convidado.

 

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