Já parou para pensar em toda a sua trajetória e a da sua companhia neste ano de 2020? Estamos, oficialmente, nos últimos dias de um ano que foi um sinônimo de desafios, de oportunidades e de muita adaptação. Com a pandemia da COVID-19 e a crise econômica, é fundamental olharmos para tudo o que passamos e, dessa maneira, enxergaremos quais caminhos queremos percorrer em 2021. 

Já aproveitei o final do ano para explicar sobre os benefícios de adotar um planejamento estratégico na sua companhia, agora, aproveito para discutir cinco tendências da área de inovação para o próximo ano. Vale lembrar que inovar não significa, apenas, desenvolver um novo produto ou tecnologia, mas é também se tornar mais produtivo e ampliar o alcance de uma marca, por exemplo.

1. Conecte-se com o consumidor

Pode parecer um conselho óbvio se conectar ao cliente, mas não é. Esteja atento às demandas do seu público e, principalmente, aos questionamentos e novas oportunidades de crescimento. Segundo pesquisa feita pela American Expressum terço dos clientes trocam de marca após uma única experiência negativa, ou seja, é importante sempre manter o diálogo.

Inclusive, a pandemia da COVID-19 demonstrou que a relação entre algumas empresas e os seus consumidores estava frágil ou, ao menos, desconectada. Isso pode refletir na perda de clientes, por exemplo. Para isso, desenvolver novos canais de diálogo com o público consumidor pode ser a chave para entender o que ele espera de um serviço e de uma compra. Também pode ser uma fonte para novos insights para a companhia.

2. A nova vida virtual

Antes da COVID-19, o usuário médio da Internet passava quase 7 horas por dia online, segundo levantamento da Hootsuite e da We Are Social. O número já poderia ser considerado alto antes, mas as próximas pesquisas sobre o comportamento nas redes — analisando todo o ano de 2020 — devem apontar para um aumento considerável neste tempo. 

Pelo menos nos últimos 10 anos, o mundo digital é e continua sendo uma das grandes áreas para negócios, tanto para os nativos desse meio quanto para aqueles que migraram de outros ambientes tradicionais. Pense nas agências bancárias, por exemplo. Com o advento dos aplicativos dos próprios bancos, a frequência de clientes nesses espaços diminuíram. Diante da pandemia, novas opções no app foram disponibilizadas para os mesmos clientes e a dependência ficou ainda menor. 

Em um reflexo da COVID-19 e novas estratégias comerciais, mil pontos comerciais, como agências bancárias, foram fechadas e 11 mil funcionários foram demitidos apenas em 2020. Este é apenas um exemplo do quão importante é pensar como replicar e ampliar as experiências pessoais para o ambiente virtual, independente da área de atuação. 

3. Novas práticas sustentáveis

Mais do que nunca, as pessoas querem a oportunidade de fazer a diferença, a partir de suas compras. Segundo levantamento da Futerra, 88% dos consumidores desejam que as empresas que consomem sejam mais atentas ao meio ambiente e mais éticas. Em outras palavras, adotar práticas verdes pode refletir, diretamente, nos lucros de uma companhia, quando elas estão alinhadas com uma nova comunicação.  

Com certeza, adotar práticas mais sustentáveis é um desafio para cada empresa e isso depende, diretamente, do setor em que está inserida. Também vale explicar que essa mudança não precisa ser brusca e nem radical, mas pode ser um start a partir de medidas simples. Na microescala, os resíduos gerados no escritório da empresa e dos colaboradores é reciclado? Caso não, esse poderia ser um bom começo.

4. Hora da responsabilidade social

Além das práticas sustentáveis, os consumidores estão mais conectados a responsabilidade social das companhias que estão contratando. Todo esse compromisso não deve focar apenas nas redes sociais, como em posts com hashtags específicas, e deve alcançar o dia a dia da empresa. Em outras palavras, é preciso haver um engajamento real. 

Em paralelo com os Estados Unidos, o ano foi marcado pelos protestos do movimento Black Lives Matter e, desde então, inúmeras discussões sobre diversidade racial nas companhias foram iniciadas. No Brasil, houve também uma grave ocorrência em uma unidade do Carrefour, o que gerou protestos nacionais. São duas situações externas (e extremas), mas que podem funcionar como base para insights e novas políticas internas de uma companhia. 

5. Última dica: siga apostando no QE

Sem dúvidas, a pandemia foi um teste para o emocional dos colaboradores e, em 2021, os efeitos e as tensões deste ano ainda serão presentes. É nesse cenário que a inteligência emocional e a capacidade de usar as próprias emoções para se desenvolver pessoal e profissionalmente se tornaram uma característica imprescindível — e muito desejada — para as companhias.  

Dessa forma, o Quociente de Inteligência (QI) ganha mais importância, de vez, para o Quociente Emocional (QE), na hora de identificar novos líderes. Com esses (novos) líderes em suas posições, as corporações desenvolverão cada vez mais um olhar abrangente sobre suas próprias necessidades e identificarão recursos para trazer melhorias e promover a colaboração na inovação.

Com essas apostas, vamos adentrar em um novo ano, igualmente, desafiador tanto para as companhias quanto para as pessoas. Só vale lembrar que desafiador não é nenhum sinônimo para impossível.

A única fórmula para um negócio duradouro é o investimento constante em inovação, já que organizações abertas para novas tendências e hábitos do seu público conseguem agregar novos métodos e tecnologias, de forma mais rápida e eficiente. Seguindo esse raciocínio, em nosso próximo artigo escreverei sobre a relação direta entre a capacidade de inovação e os rumos de uma organização, ainda no planejamento estratégico. 

Quando todos os colaboradores, os fornecedores e, em algumas circunstâncias, os clientes sabem para onde uma organização pretende caminhar, oportunidades ainda maiores podem ser alcançadas. No entanto, isso só é possível com uma mensagem clara e uma comunicação adequada dos planos. Nesse processo, é possível ouvir críticas construtivas que podem ampliar o alcance de uma ação, por exemplo. É também fundamental desenvolver dinâmicas que promovam o diálogo entre os grupos nesta etapa também.

 

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