Falar em inovação nunca fez tanto sentido quanto nos anos pós-descoberta da Covid-19. Essa afirmação, aqui, independe do fato de você estar no mundo por trás de uma organização ou de uma pessoa física. 

Afirmo isso, a partir das experiências que a Co-Viva tem enfrentado e dos meus desafios pessoais. A pandemia modificou muitas estruturas, como a do trabalho presencial, e outras alterações ainda nem estão evidentes. Muito provavelmente, os reflexos dessas transformações ainda serão percebidos pelos próximos cinco, 10 anos.

Mas, afinal, este é um texto sobre tendências para ficar de olho em 2022 ou uma retrospectiva? Na verdade, muitas das questões que deveremos estar conectados no próximo ano foram, no mínimo, aceleradas com os últimos meses.  É exatamente isso que pretendo mostrar, a seguir, com estas 10 tendências sobre inovação que serão divididas em dois textos. 

 1. Futuro do trabalho pós-pandemia

É fato, o trabalho pós-pandemia é híbrido. Para demonstrar este impacto, um levantamento da revista The Economist observou que, antes de 2020, 5% do trabalho nos EUA era feito de modo remoto. Hoje, a porcentagem chega a 40%

No Brasil, 63% da população deve preferir trabalhar de forma híbrida em 2022, segundo pesquisa da empresa de recrutamento Robert Half. Adiantando esse cenário, novas contratações já oferecem acordos flexíveis e negociam os dias presenciais. 

É provável que a porcentagem final do trabalho remoto fique em um valor menor, mas organizações e colaboradores terão que lidar com essa realidade. Nesse ponto, será preciso investir, cada vez mais, em tecnologias que possibilitem a colaboração de forma integrada, independentemente da localização. 

Nesse cenário, Zoom, MIRO, Microsoft Teams e Slack podem ser apenas o começo dessa revolução no mercado de trabalho. Isso porque novas ferramentas de trabalho devem ser desenvolvidas para acompanhar a complexidade das comunicações entre colaboradores no futuro. 

Pense que poderá ser “comum” um avatar realístico, em 3D, apresentar uma reunião em alguns anos. Por enquanto, uma versão mais simples dessas projeções — que ainda saem da tela — deve virar realidade, ainda no primeiro semestre de 2022, no Teams.

Passadas as reviravoltas dos últimos meses, estamos em um mundo BANI —  FUNI, em português —, onde a maioria das certezas está em constante transformação. A nova expressão foi cunhada em 2018 pelo antropólogo norte-americano Jamais Cascio e, de certa forma, previa o nosso futuro. A sigla corresponde às seguintes características: frágil (brittle); ansioso; não linear; e incompreensível.

De forma resumida, o mundo BANI é uma versão mais caótica e muito mais desafiadora para as empresas se organizarem do que a realidade VUCA. Adianto que, nessa realidade, “soft skills” — como flexibilidade, resiliência, empatia e capacidade de lidar com a ansiedade — são ainda mais fundamentais e novos tipos de profissionais podem entrar no radar de empresas, ocupando posições até mesmo impensáveis para determinadas organizações há alguns anos. Por exemplo, cientistas de dados. Afinal, ler esse mundo fragmentado aos milhões se torna cada vez mais desafiador.

Por outro lado, a vacinação nacional avança e alguns estados, como Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Sul, já registram mais de 40% da população totalmente imunizada contra o coronavírus, segundo dados do Consórcio de Veículos da Imprensa. Este é um bom indicativo, mas o problema da pandemia deve seguir pelos próximos meses, com as doses de reforço e a imunização dos mais jovens, por exemplo.

Somado à Covid-19, o Brasil terá novas eleições presidenciais e a esfera pública deve ser tomada por meses com um intenso (e acalorado) debate político. Em paralelo, a alta do dólar e da inflação afetam, desde agora, os caminhos que as organizações deverão percorrer no último trimestre deste ano e em todo o ano de 2022. Do ponto de vista internacional, será necessário lidar com a instabilidade econômica e a questão ambiental.

Para resumir, os desafios serão grandes e, por mais que seja um clichê desse meio, oportunidades de crescimento não faltarão em meio à crise. Só que será preciso inovar para sobreviver.  

 2. Metaverso

Se as relações profissionais se digitalizaram, é possível esperar outro caminho para a realidade? Se depender da Meta Platforms Inc. — antigamente, conhecida como Facebook Inc. e proprietária das maiores redes sociais do mercado — um novo mundo virtual será popularizado nos próximos anos. É o metaverso.

Se estes planos se concretizarem —  e de alguma forma irão —, parte da vida ocorrerá também nesse universo ficcional, mas real. Empresas venderão produtos específicos para serem usados, exclusivamente, no metaverso. Nesse caminho, a Meta não está sozinha e tem, entre seus concorrentes, a Amazon e a Microsoft.  

3. Algoritmo e as redes sociais

Por enquanto, a realidade virtual que mais conhecemos são as redes sociais, como o Facebook, o Instagram, o WhatsApp, o Twitter e o Telegram. Em agosto, os debates sobre os riscos do algoritmo —  aquela ferramenta que decide o que iremos ver no feed — começaram a se popularizar com o documento O Dilema das Redes Sociais, disponível no Netflix.

Em outubro, inúmeras reportagens revelaram o que se apelidou de Facebook Papers.  Foram vazadas pesquisas internas da companhia que revelam os riscos das redes para a saúde mental de jovens, manipulação de conteúdos de ódio, publicidade direcionada para crianças e vieses de racismo apontados nos algoritmos. Toda a discussão permeia questões como privacidade e oligopólio das big techs, e deve ser foco dos legisladores e dos tribunais ainda.

4. Inteligência Artificial e automação

Por enquanto, a realidade virtual que mais conhecemos são as redes sociais, como o Facebook, o Instagram, o WhatsApp, o Twitter e o Telegram. Em agosto, os debates sobre os riscos do algoritmo —  aquela ferramenta que decide o que iremos ver no feed — começaram a se popularizar com o documento O Dilema das Redes Sociais, disponível no Netflix.

Em outubro, inúmeras reportagens revelaram o que se apelidou de Facebook Papers.  Foram vazadas pesquisas internas da companhia que revelam os riscos das redes para a saúde mental de jovens, manipulação de conteúdos de ódio, publicidade direcionada para crianças e vieses de racismo apontados nos algoritmos. Toda a discussão permeia questões como privacidade e oligopólio das big techs, e deve ser foco dos legisladores e dos tribunais ainda.

5. A tecnologia do 5G

Aproveitando toda a dependência que as últimas inovações têm com a internet, as redes se tornarão mais velozes com o 5G. No Brasil, a internet móvel de alta velocidade deve ser realidade, de fato, nas capitais brasileiras a partir de julho de 2022. Hoje, o que temos ainda é um protótipo.  Além da alta velocidade, a verdadeira novidade do 5G é a chamada baixa latência. Aqui, vale explicar que a latência é o atraso no tempo de resposta de um aparelho ou de um aplicativo. Esse tempo será muito menor e permitirá, por exemplo, que cirurgias possam ocorrer a distância ou ainda que máquinas e veículos autônomos sejam realidades.

Pelo o que podemos visualizar o ano de 2022 será marcado por muito investimento em tecnologia e em novas estratégias — incluindo algumas difíceis de acreditar como o metaverso —  para se conectar com os diferentes públicos.  Na segunda parte deste texto, compartilharei mais cinco tendências sobre a inovação que devemos ficar de olho. 

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