Para 2022, já destacamos a relevância de cinco importantes tendências para ficar de olho. Nos próximos meses, muito provavelmente, você deverá se deparar com questões sobre o futuro do trabalho pós-pandemia, o 5G, o metaverso, o controle do algoritmo das redes sociais e a Inteligência Artificial, por exemplo.

No entanto, outras discussões também podem ser aguardadas para o próximo ano, como a importância da ecologia e de atitudes mais sustentáveis na indústria, com o ESG. Além disso, as criptomoedas e debates sobre a saúde mental devem ganhar mais destaque.

A seguir, confira outras cinco relevantes tendências sobre a inovação para os próximos 12 meses:

6. A importância do ESG

A crise climática e o aquecimento global são dois termos que ganham cada vez mais relevância no debate público. Para dar uma resposta aos consumidores, as organizações adotam a governança social, ambiental e corporativa (ESG) como resposta. A tendência é que essas medidas sejam adotadas por mais empresas.

As práticas do ESG devem abranger do varejo até os clientes finais, passando por fornecedores e parceiros. Em outras palavras, toda a cadeia de valor dos produtos vendidos. No Brasil, a Renner, a Riachuelo e a C&A já investem em linhas de roupas sustentáveis, por exemplo.

7. Consumo consciente X comodidade

De um lado, os consumidores buscam reduzir o impacto do consumo — incluindo as responsabilidades sociais e ecológicas de suas compras. Nesse ponto, as roupas de linhas mais ecológicas ganham destaque, mas o preço das soluções verdes podem ser um desafio. 

Do outro lado, a comodidade e o desejo por receber pedidos de forma rápida e em prazos cada vez menores também vieram para ficar. Neste ano, empresas brasileiras discutiram pelo título de entrega mais rápida do Brasil. É impossível negar a pegada de carbono elevada destas iniciativas.

Nos próximos anos, as organizações precisarão aprender a lidar com esse paradoxo. Quem for capaz de oferecer produtos competitivos, “livres de culpa”, conseguirá abarcar uma parcela significativa desse público, composto majoritariamente pelas gerações mais novas.

Se estes planos se concretizarem —  e de alguma forma irão —, parte da vida ocorrerá também nesse universo ficcional, mas real. Empresas venderão produtos específicos para serem usados, exclusivamente, no metaverso. Nesse caminho, a Meta não está sozinha e tem, entre seus concorrentes, a Amazon e a Microsoft.  

8. Criptomoedas

Realmente, as criptomoedas vieram para ficar, depois de anos de algum ceticismo. Neste ano, El Salvador se tornou um dos primeiros países a adotar o Bitcoin como moeda oficial. A medida visa conter a inflação gritante do país e melhorar a qualidade de vida de seus habitantes. No momento, os salvadorenhos ainda são céticos sobre os planos do governo local.

No entanto, o sucesso desta estratégia pode marcar um novo capítulo na breve história das criptomoedas. Curiosamente, esta pode se tornar tendência em outros locais já em 2022, principalmente em países da África, onde há alta inflação e dificuldades em regular moedas locais.

Aqui, também deve se discutir maneiras pelas quais as criptomoedas poderão ser rastreadas, o que nem sempre é possível com a falta de regulação atual. Inclusive, esquemas de lavagem de dinheiro com o ativo financeiro já foram revelados.

Em outubro, inúmeras reportagens revelaram o que se apelidou de Facebook Papers.  Foram vazadas pesquisas internas da companhia que revelam os riscos das redes para a saúde mental de jovens, manipulação de conteúdos de ódio, publicidade direcionada para crianças e vieses de racismo apontados nos algoritmos. Toda a discussão permeia questões como privacidade e oligopólio das big techs, e deve ser foco dos legisladores e dos tribunais ainda.

9. Internet do Comportamento (IoB)

Nos últimos anos, o termo Internet das Coisas (IoT) se tornou bastante conhecido e traduz um universo onde toda a nossa vida e os objetos eletrônicos estão conectados à internet, transmitindo dados. Só que, agora, passa a se popularizar a Internet de Comportamentos (IoB) — tradução de Internet of Behaviour, em inglês.

Enquanto a IoT explora a conexão de diferentes dispositivos, a IoB capta a ação das pessoas para, com base em análises de dados, gerar soluções para influenciar o comportamento. 

Segundo estudo da Gartner, as atividades individuais de 40% da população global serão rastreadas digitalmente para influenciar o próprio comportamento humano em 2023. No mundo do entretenimento, a plataforma de streaming Netflix já investe em IoB.

Em outubro, inúmeras reportagens revelaram o que se apelidou de Facebook Papers.  Foram vazadas pesquisas internas da companhia que revelam os riscos das redes para a saúde mental de jovens, manipulação de conteúdos de ódio, publicidade direcionada para crianças e vieses de racismo apontados nos algoritmos. Toda a discussão permeia questões como privacidade e oligopólio das big techs, e deve ser foco dos legisladores e dos tribunais ainda.

10. Saúde mental

Agora, se chegamos até aqui e vamos entrar em 2022, estamos um pouco (ou muito) cansados. A realidade anda muito exigente, a crise do mercado é grande e a necessidade de inovação — quando não envolve método — é extenuante. Por isso, saúde mental e todas as suas implicações, como o bem-estar dos colaboradores e dos clientes, veio para ficar.

Segundo pesquisa do instituto Ipsos, 53% dos brasileiros afirmam que o seu bem-estar mental piorou um pouco ou muito no último ano. O índice do Brasil é superior à média dos 30 países e territórios pesquisados, o que aponta para uma questão que precisa ser resolvida, sobretudo, internamente.

Não desejo concluir esta lista com, digamos, uma tendência negativa. Na verdade, este é um dado e como tal deve ser enfrentado. Aqui, vale nos perguntarmos como nós — e nossas organizações — podemos seguir inovando e transformando a sociedade, de forma positiva, em 2022? 

Pelo o que podemos visualizar o ano de 2022 será marcado por muito investimento em tecnologia e em novas estratégias — incluindo algumas difíceis de acreditar como o metaverso —  para se conectar com os diferentes públicos.  Na segunda parte deste texto, compartilharei mais cinco tendências sobre a inovação que devemos ficar de olho. 

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