Nos últimos meses, companhias e pessoas precisaram rever suas dinâmicas, entender o que de fato era essencial e se reorganizar, por causa da pandemia da COVID-19. Desde então, aconteceu uma aceitação (e uma necessidade) muito maior da tendência work from home (trabalhar de casa) e que, provavelmente, será um dos legados do coronavírus para o mercado. Inclusive, já escrevi sobre o mito de que o trabalho remoto é menos produtivo e está associado a baixa inovação e colaboração. 

No atual cenário de crise econômica, a capacidade de focar em soluções inovadoras é mais valiosa do que nunca e, entre elas, está a capacidade de se adaptar às novas necessidades. Isso porque algumas empresas estão trabalhando, hoje, com produtos ou serviços que nem existiam no início da pandemia, por exemplo. 

De acordo com uma análise feita entre criatividade e desempenho dos negócios pela consultoria Mckinsey, 67% das empresas mais criativas tiveram crescimento da receita orgânica acima da média quando comparados em um cenário pré-pandemia. Agora, os números devem ser ainda mais significativos.

Para se adaptar ao novo momento, é fundamental manter em alta a criatividade dos times, o que pode ser feito com exercícios práticos, e o uso de ferramentas corretas para a integração entre os membros. São algumas estratégias e metodologias que pretendo compartilhar.  

Imposição das telas X Criatividade

Se nos últimos anos você tem a impressão de que a maioria dos empregos está cada vez menos relacionados a atividades manuais e mais conectados, está estatisticamente correto. Segundo o Pew Research Center, os empregos que exigiam habilidades analíticas e sociais aumentaram em 94%, enquanto o trabalho manual e os trabalhos dependentes de habilidades físicas aumentaram apenas 12%, entre 1980 e 2015. 

Nesse cenário, significativa parcela dos profissionais passam o dia em frente a uma tela (ainda mais com a ascensão da COVID-19 e os trabalhos remotos), o que pode prejudicar o foco e a concentração, além de aumentar o estresse, dependendo do nível e do tempo da exposição. Então, um importante lembrete é saber a hora de se desconectar. Para isso, realize alguma atividade manual pelo menos nas horas de descanso, como cuidar das plantas ou interagir com um animal de estimação. 

Outro importante exercício para a criatividade é o uso da escrita livre. Método usado por muitos escritores e artistas, a escrita livre consiste em deixar a mente fluir, escrevendo de forma contínua sobre um tema. Durante um tempo pré-determinado, libere ideias, sem julgamento, e as conecte através de diferentes raciocínios. É possível treinar essa escrita, de forma online, pela plataforma Squibler

Se a ideia de escrever pode parecer um pouco incômoda, é possível liberar a criatividade através de uma técnica criada pelo especialista em desenvolvimento pessoal Brian Tracy, o Mindstorming. Neste exercício, a pessoa deve pensar em um problema e, a partir disso, desenvolver, de forma simples, 20 soluções diferentes para a questão. Outra sugestão para os que funcionam melhor com a gamificação é apostar em metas para resolução de problemas e as respectivas recompensas, que devem liberar a criatividade. Para te ajudar no controle do tempo, o Toggl pode cronometrar e registrar o tempo gasto em determinadas atividades, funcionando como um plug-in do seu navegador.

Ferramentas que integram

Agora, que despertamos a criatividade é fundamental que também haja troca entre os membros de uma equipe (em trabalho remoto ou não), principalmente para que as ideias sejam oxigenadas. Na pandemia, não faltaram ferramentas que ganharam maior centralidade e podem ser acessadas até mesmo de forma gratuita, dependendo das demandas das organizações, como as videoconferências. 

Para as videoconferências entre os integrantes de uma equipe se pode apostar no Google Hang out, no Zoom e até mesmo no Skype. Para conversas internas e que evitem o uso das redes sociais, o Slack é uma boa sugestão. Agora, para que um time consiga organizar e priorizar seus projetos, de forma colaborativa, uma aposta pode ser o Trello e outra o Meister Task. Agregando a maioria dessas funções, o G Suite também pode ser considerado.

Se a ideia for produzir conteúdos para organizações ou clientes externos, vale a pena conhecer o editor Canva para design e diferentes tipos de artes, como posts para o Instagram ou um cartão virtual de visitas. Agora se você quer inovar usando vídeos, recomendo o Vidyard. É um site que você pode criar uma comunicação assíncrona, gravando a tela e a webcam do apresentador. Serve muito bem como suporte, briefing para as equipes ou clientes, tutoriais e até treinamentos.

Quanto ao uso dessas ferramentas, é sempre importante consultar especialistas em segurança da informação para evitar possíveis problemas e que todos os colaboradores possam compartilhar ideias, documentos e dados de forma privada.

De forma geral, apesar da pandemia e de uma série de limitações impostas, as organizações podem se reestruturar de diferentes formas, conforme as demandas internas, possibilidades da categoria e necessidades do mercado. Para isso, os colaboradores devem ser estimulados a expressarem suas ideias e desenvolveram a criatividade através de exercícios, como os que mencionei. Por fim, todos devem estar integrados a partir de ferramentas de colaboração, fomentando a inovação no trabalho à distância.

Este processo silencioso pode se repetir por inúmeras vezes, mas três ciclos podem ser o suficiente para a descoberta de bons insights. No fim, o líder recolhe as anotações, lê as ideias e faz apontamentos que, agora sim, serão discutidas em conjunto para a obtenção das melhores soluções criativas para os problemas apresentados.

Essa técnica pode ser adaptada para sessões 100% online e remotas com a equipe, utilizando ferramentas como o Google docs do Google, gratuitamente. 

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