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Como aplicar no seu negócio a estratégia de inovação do Oceano Azul

POR ITAMAR OLÍMPIO, CEO CO-VIVA

INTRODUÇÃO

O mundo dos negócios está cada vez mais competitivo e acirrado, e isso significa que ter uma empresa irá exigir tarefas constantes para garantir boa receita e lucro.

Mas a estratégia do Oceano Azul mostra que é possível extrapolar mercados saturados, criando ou entrando em mercados pouco ou nada explorados, e obtendo grandes retornos no processo.

A seguir a gente explica melhor essa estratégia, com dicas de como implantá-la e com exemplos de empresas que se beneficiaram muito dela. Confira.

O que é a estratégia do Oceano Azul?

Desenvolvida nos anos 2000 por W. Chan Kim e Renée Mauborgne, essa estratégia basicamente compara o mercado atual com dois tipos de oceanos:

  • Vermelho – lotado de concorrentes, altamente saturado, que exige muitas atividades e um mix de estratégias para que as empresas alcancem lucros e crescimento;
  • Azul – uma área vazia do mercado, com amplas possibilidades de atuação, além de baixa concorrência e muitas chances de crescer e lucrar.

Para os criadores, ainda existem muitos mercados não explorados, e não apenas com necessidades não atendidas, mas especialmente com necessidades “não-criadas”.

E isso é ótimo para as empresas que identificam essas opções e conseguem se inserir nelas antes da concorrência, adentrando num calmo “oceano azul”, cheio de oportunidades de negócios.

Principais vantagens 

A estratégia de inovação do Oceano Azul apresenta muitas vantagens atreladas, como:

  • Fortalece uma marca – já que revela seu senso de inovação e entrega de diferenciais ao mercado. Mesmo que a concorrência a alcance ou ultrapasse, o mercado se lembrará da marca que inovou primeiro.
  • Mais oportunidades com menos riscos – por ser um ambiente de baixa ou nenhuma competitividade, existem amplas chances de crescer, enquanto os riscos são poucos ou facilmente calculados. E isso se reflete em mais lucros do que perdas, além de muito crescimento.
  • Não é uma estratégia cara – já que não exige amplo investimento em treinamentos, pessoal, equipamentos, tecnologias e etc. Com a sua equipe, além de bons dados, é possível chegar a soluções diferenciadas e inovadoras.

Ações básicas para implementar a estratégia de Oceano Azul na sua empresa

Antes de explicarmos como implementar o Oceano Azul na sua empresa, é importante lembrar que, sendo uma estratégia de negócios, as decisões e ações sempre devem acontecer com base em dados e informações muito bem captadas e analisadas.

O Oceano Azul não é especulação, e sim o resultado de muita pesquisa, compilação e análise de dados, brainstorming e muitas outras atividades estratégicas.

Agora sim, vejamos em 4 passos como a sua empresa pode usar essa opção de inovação.

1. Compreensão visual

Etapa em que se busca compreender a real situação da sua empresa perante o mercado, analisando os produtos e serviços, diferenciais, valores que agrega aos consumidores, etc.

Envolve ainda verificar os mesmos itens nos principais concorrentes, afim de identificar semelhanças, diferenças, e claro, possibilidades.

2. Exploração do visual

Consiste em comparar sua empresa com a concorrência direta e até mesmo indireta, a fim de identificar: necessidades não atendidas, padrões de atuação que podem ser melhorados, novas opções de atendimento ao mercado, dentre outros.

3. Apresentar a estratégia visual

Onde se desenvolve um plano estratégico de ação, com atividades, metas, objetivos, meios, ou seja, as várias atividades e recursos que podem ser alocados para atingir as inovações desenvolvidas pela empresa.

4. Comunicação visual

Última etapa, onde as estratégias desenvolvidas serão apresentadas, de modo a identificar falhas e principalmente meios de colocá-lo em prática. Aqui, mais do que nunca, o uso do brainstorming será essencial.

LEMBRETE: uma boa estratégia de inovação do Oceano Azul é flexível e permite adaptações e melhorias sempre que necessário. Desta forma, as perdas são minimizadas, e o máximo dos recursos alocados são plenamente utilizados!

Alguns cases de sucesso para inspiração

Seguem então dois exemplos de empresas que usaram com sucesso a estratégia do Oceano Azul, e obtiveram grandes retornos!

Netflix
Ao atuar no desenvolvimento do Streaming on Demand, a empresa supriu, mas num novo formato, uma necessidade que há muito a televisão e as locadoras não conseguiam, e ampliou sua atuação e modelo não apenas para outros países, mas também para criações próprias, muitas premiadas. É claro que em algum momento o modelo foi integralmente copiado e inclusive aperfeiçoado por diversas empresas (inclusive as televisivas). Mas por quase uma década a Netflix voou solo nesse mercado e pôde desenvolver as próprias métricas de ação.
Cirque du Soleil

Criada na década de 1980, a empresa desenvolveu um grande nicho de mercado que domina até hoje, vencendo a provável extinção da arte circense como entretenimento.

E eles fizeram isso montando um novo formato de circo: sem animais, desenvolvido especialmente para adultos, buscando ainda agregar valor às suas performances, já que elas são, em sua maioria, exclusivas e por tempo limitado.

Isso a levou não apenas a crescer no mercado, mas a dominá-lo, num formato que até hoje é complexo de ser dominado, e consequentemente deixa a empresa num constante ciclo de liderança.

Oceanos azuis, podem se tornar vermelhos?

Para a infelicidade de muitas empresas, sim, e foi o que aconteceu com grandes empresas, como a Apple e a própria Netflix, por exemplo!

Muito rapidamente, diversos de seus produtos e serviços foram “copiados”, e isso transformou várias das estratégias de Oceano Azul deles em locais altamente competitivos.

A própria Netflix tem sofrido com isso, já que a concorrência aumentou tanto de tamanho, que instigou ainda mais a competitividade. Hoje, o mercado de Streaming tem novas perspectivas de crescimento, e a empresa irá necessitar de muitas inovações para se manter nele.

Assim, a estratégia de inovação do Oceano Azul deve ser um procedimento constante dentro da empresa, de maneira que ela tenha condições de se reposicionar para uma área mais específica de um mercado e aproveitar os muitos benefícios dele antes da possível saturação.

Conclusão: essa estratégia é mais do que buscar por oportunidades!

É uma forma de manter o seu negócio em constante processo de inovação, a partir da atenção direta ao mercado e as possibilidades de trazer algo novo, ou suprir algo em alta demanda.

Por isso, atuar com a estratégia do Oceano Azul exige um bom planejamento, capacidade de adaptação, bom uso de recursos existentes, para assim estar à frente da concorrência.

 

Obrigado pela leitura até aqui!😉

Itamar Olimpio é fundador da consultoria de inovação corporativa CO-VIVA, com clientes no Brasil e no exterior, como Ourofino Saúde Animal, Sinqia, Energisa, Natura & Co, PwC, GE, UOL, WeWork, Stefanini, Moinho Régio, Grupo Krindges entre outros. É professor de inovação e empreendedorismo em MBA’s na FIAP, além de mentor de startups no Inovativa Brasil e Rock New Ventures. É mestre em Inovação de negócios pela Imagineering Academy, da Breda University na Holanda, onde atua como professor convidado.

A CO-VIVA já ajudou centenas de empresas a treinar as suas lideranças e equipes com ferramentas e metodologias de liderança, inovação e gestão de projetos, com soluções arrojadas baseadas em pesquisas e estudos, 100% customizadas para os nossos clientes.

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