A efemeridade é uma das características principais da era tecnológica em que vivemos. A descoberta de hoje representa a obsolescência de amanhã e, por isso, os profissionais passaram a compreender o quanto qualidades como a flexibilidade e a resiliência se tornaram essenciais para construir uma carreira de sucesso.

Desenvolver recursos intrínsecos que nos ajudem na adaptação das constantes mudanças que nos deparamos no dia a dia se tornou tão importante quanto o conhecimento técnico. Aliás, posso afirmar que flexibilidade e resiliência provenientes da forma com a qual lidamos com as adversidades do dia a dia nos tornam ainda mais capacitados para o mercado do trabalho.

Diante deste cenário extremamente dinâmico e incerto, em 2020, será preciso desenvolver determinadas habilidades que se mostrarão divisoras de águas na sua carreira.

Vamos conhecê-las?

Colaboração

A tecnologia e a globalização andam de mãos dadas e é por isso que é impossível pensar em inovação sem a colaboração. É possível afirmar que quanto maior a diversidade e colaboração dentro do ambiente corporativo, maiores as chances de um processo de inovação ser bem-sucedido.

A ideia é encontrar soluções de inovação em conjunto, permitindo que as experiências e vivências de cada um enriqueçam um processo que vai beneficiar não apenas a própria empresa, mas toda a sociedade em que está inserida.

Em uma pesquisa realizada em 2017 pela IDEO, empresa americana de design, sobre como medir “inovação”, foi descoberto que equipes que trabalham juntas diariamente de forma colaborativa, provavelmente serão 32% mais bem-sucedidas, comparado a equipes que não têm a mesma colaboração em seus projetos.

Por esse motivo, reunir recursos internos e externos é o ponto de partida para que a inovação colaborativa se torne uma realidade. É o “juntos somos mais fortes” elevado a potências suficientemente fortes para lidar com quaisquer instabilidades e incertezas.

Veja bem, a colaboração não deve ser vista como uma forma de compensação de falta de competências, mas sim, como forma de potencializar o que já se tem de bom e encontrar soluções definitivas para os pontos que merecem maior atenção.

Aprender a aprender

Com as constantes mudanças que citei anteriormente, veio, também, a necessidade de aprender a aprender. Mas o que isso significa?

Quando acreditamos que já temos uma boa noção de como as coisas funcionam, a mudança chega e somos pegos desprevenidos.  O que nos resta, então?

Já sabemos que lutar contra as mudanças é algo altamente contraproducente e que, cedo ou tarde, teremos que nos adaptar ao que estamos resistindo. Perder tempo e recursos não é uma opção saudável.

Compreender que é preciso reaprender as regras do jogo não é apenas nobre, como mostra a capacidade de reinvenção em tempos de crise que, atualmente, como citei no início deste artigo, é uma característica em alta no mercado.

Já existe até um nome para isso: talento ágil. Note bem que o termo não está relacionado à velocidade em que as coisas são feitas, mas sim à fome de aprender, de aliar conhecimentos e trazer elementos de suas vivências pessoais que resultarão na solução necessária para que todos se reinventem e virem o jogo.

Proatividade, flexibilidade, resiliência, disponibilidade e humildade são qualidades que mostram que reaprender faz parte do caminho do sucesso e da inovação, e que você reconhece o poder encerrado no aprender a aprender.

Perguntas poderosas

Fazer perguntas poderosas é uma dica importante para quem deseja implantar a cultura de inovação.

O objetivo de fazer perguntas poderosas é enxergar além do horizonte corporativo e ter uma visão clara sobre como as soluções inovadoras podem impactar positivamente o maior número de pessoas possível.

Com as perguntas certas será possível usar as respostas para trilhar um caminho frutífero de inovação a favor de todos, a começar pela própria empresa. O olhar global é importante para sair do micro para o macro com sucesso.

A nova década começa com a mudança de foco: o QI deixa de ser a métrica para identificar e apontar novos líderes para que o QE tome a frente.

Criatividade, inteligência emocional e as habilidades de gerenciamento de pessoas, segundo o Fórum Econômico Mundial, são três das 10 características fundamentais dos líderes a partir de 2020.

Com esses líderes em suas posições, as corporações desenvolverão um olhar mais abrangente sobre suas próprias necessidades e identificarão recursos para trazer melhorias e promover a colaboração na inovação.

Inteligência emocional

Em meu outro artigo, sobre as 5 Tendências de inovação corporativa para 2020 que você não pode ignorar, falo sobre como a inteligência emocional se tornou um importante diferencial competitivo de mercado. A ideia – que durante muito tempo era comumente encontrada no ambiente corporativo – de que para ser bem-sucedido é preciso se manter distante e indisponível emocionalmente se provou equivocada.

Atualmente, empresas procuram profissionais que, além do conhecimento técnico de suas áreas, possuam habilidades interpessoais e compreendam que o capital humano e como lidar com suas particularidades é essencial para o sucesso empresarial.

Gerar soluções criativas

Criatividade e inovação andam juntas. Sendo assim, gerar soluções criativas sem métodos de inovação consistentes é uma tarefa praticamente impossível. O que quero dizer é que para que a inovação aconteça, é preciso pensar “fora da caixa” e utilizar métodos como investigação apreciativa, comunicação não violenta, world café, entre outros.

Embora sejam métodos já conhecidos, são fundamentais para maximizar a criatividade e gerar soluções fora da zona de conforto e que, de outra maneira, não seriam alcançadas.

Empresas que já aplicam essas metodologias para desenvolver habilidades de seus colaboradores experimentam resultados extremamente positivos, revolucionários e inovadores.

O meu conselho é usar essas metodologias para testar as suas ideias e conceitos, prototipando o mais rápido possível. Escolha um time engajado e lembre-se, o seu projeto não precisa estar perfeito. Teste a sua ideia prototipando-a com equipes de alto desempenho. O segredo não é começar com a solução perfeita, mas chegar a algo que funcione e melhore continuamente. 

Lembre-se de envolver os seus colaboradores: nem todas as mudanças precisam vir do topo, e as equipes têm uma noção melhor de suas próprias necessidades. 

Eu acredito que as equipes devem ter a liberdade de testar muitas ideias e, quando isso é feito com metodologia, o processo é muito mais rápido e assertivo. De acordo com os dados da IDEO, a consultoria americana de Design que citei acima, as equipes que testam cinco ou mais ideias em paralelo têm 42% mais chances de criar soluções bem-sucedidas do que as equipes que não fazem nenhuma prototipagem rápida.

Conclusão

A nova década chegou exigindo uma nova maneira de pensar e agir no ambiente corporativo. As habilidades acima são fundamentais para quem quer se manter relevante no mercado de trabalho e implantar processos inovadores que tornarão as empresas muito mais resilientes às eventuais crises e as elevarão a outro patamar.

Gostou do artigo? O que você acha dessas habilidades e da relação delas com a Inovação? Deixe o seu comentário!

GOSTOU DESSE CONTEÚDO? COMPARTILHE EM SUAS REDES SOCIAIS!

Share on facebook
Facebook
Share on twitter
Twitter
Share on linkedin
LinkedIn

Deixar uma resposta


Siga-nos em nossas redes sociais:

contate-nos
newsletter

Receba novidades do mundo da inovação corporativa!