Algumas semanas atrás eu escrevi a primeira parte desse conteúdo, sobre como gerar ideias inovadoras para se destacar na crise. Veja aqui a primeira parte, caso você ainda não tenha tido a oportunidade de ler.

Já se passou mais de seis meses desde o aparecimento do novo coronavírus e, desde então, a pandemia da COVID-19 mergulhou o mundo em uma crise sem precedentes. São tempos difíceis, mas as inúmeras restrições, por outro lado, têm obrigado organizações e pessoas a terem ideias inovadoras e, dessa maneira, a repensarem seus negócios.

 Ter ideias inovadoras, agora, é algo muito importante para os negócios se destacarem no mercado e terem mais competitividade na crise. É o caso das academias fechadas, no Brasil e no mundo, por causa das medidas de isolamento social, que começaram a alugar os seus equipamentos parados. Por WhatsApp mesmo, organizam os aluguéis e garantem a entrada “inesperada” no caixa.

Por essa iniciativa e outras surgidas a partir da pandemia, a pergunta é: como ter boas ideias, ideias realmente inovadoras, para repensar negócios? Chegar a uma solução eficiente não é simples, mas possível a partir de métodos e metodologias, que ajudem as pessoas a pensarem de modo mais estratégico e criativo, como nós, da Co-Viva, propomos. 

A seguir, confira 5 dicas que ajudarão negócios e pessoas nesses tempos de crise:

1. O método do 7X7

Tem muitas ideias para o seu negócio e não sabe como organizar seus pensamentos? O método 7X7 consiste em agrupar as ideias melhores e semelhantes, a partir de uma tabela para a melhor visualização dos pontos em que se deve investir.

Em um primeiro momento é preciso analisar e incrementar as soluções, insights e ideias em geral para o negócio, também já se deve eliminar aquelas soluções não exequíveis para o momento. Após essa primeira etapa de análise, deve-se dividir todas as ideias em sete grupos, com base nas suas semelhanças, e nomear cada um deles. 

Cada grupo ou matriz vai se tornar uma coluna da sua tabela. Depois, é necessário ordenar as ideias em ordem decrescente de importância em cada um dos grupos (colunas), utilizando para isso sete linhas. Por fim, ordene as colunas, colocando as mais importantes à esquerda. Pronto, você tem agora um amplo panorama sobre novas soluções.

2. Método brainwriting

Feito por escrito e em grupo, é praticamente conhecido como a versão silenciosa do brainstorming. Para isso, o líder da sessão deve definir um tema central sobre o qual os participantes devem escrever suas ideias a respeito por cerca de cinco minutos. Após essa reflexão inicial, cada pessoa do grupo deve passar sua folha para quem estiver sentado ao seu lado, que irá acrescentar, por sua vez, suas próprias ideias, durante mais cinco minutos. 

Este processo silencioso pode se repetir por inúmeras vezes, mas três ciclos podem ser o suficiente para a descoberta de bons insights. No fim, o líder recolhe as anotações, lê as ideias e faz apontamentos que, agora sim, serão discutidas em conjunto para a obtenção das melhores soluções criativas para os problemas apresentados.

Essa técnica pode ser adaptada para sessões 100% online e remotas com a equipe, utilizando ferramentas como o Google docs do Google, gratuitamente. 

3. Intuição consciente

Para os solitários, essa é uma das melhores técnicas para despertar a criatividade. Segundo esse método, as respostas para os problemas já estão em nosso subconsciente, basta relaxar e se permitir a descoberta. Afinal, diariamente, lidamos com esses problemas e, de uma forma ou de outra, já pensamos sobre algumas soluções.

Nesse caminho, a visualização e imaginação são fundamentais. Para isso, a pessoa deve fechar os olhos e procurar visualizar o problema, imaginando possíveis soluções. É importante libertar a intuição. Depois de refletir, a pessoa deve anotar e fazer apontamentos sobre o que imaginou e, no meio das imagens e detalhes, é possível encontrar boas respostas.

4. Técnica dos seis chapéus

Muito conhecida (por sua eficiência), essa técnica foi desenvolvida pelo psicólogo Edward de Bono, que é conhecido como uma importante referência para o campo da inovação. A ideia, aqui, é vestir seis tipos de chapéus e que cada um deles traga uma diferente abordagem para cada problema. As conclusões e observações de cada momento devem ser sempre anotadas.

Com o chapéu branco, a pessoa deve ser imparcial e coletar o maior número possível de informações sobre um problema que a afeta. Já com o chapéu vermelho, o das emoções, a pessoa deve liberar suas opiniões, palpites e intuições sobre a questão anteriormente abordada.

Já com o chapéu preto, é necessário expor todas as críticas em relação ao problema, incluindo possíveis desvantagens, riscos e objeções. Diferente desse, o chapéu verde vai ajudar, diretamente, nas soluções. A ideia dele é procurar por modificações criativas, sem medo de errar ou de julgamentos.

Com o chapéu amarelo, a pessoa deve, obrigatoriamente, seguir a lógica. Ou seja, é importante justificar os motivos pelos quais o problema tem uma solução. A dica é listar motivos pelos quais determinada solução irá funcionar. Já o chapéu azul é o da medicação. Isso significa que, nessa etapa, a pessoa analisa todas as anotações e extrai aquilo que é mais proveitoso de cada conclusão. 

5. Associação de ideias

A partir desse método, a pessoa deve agrupar ideias que, em um primeiro momento, não teriam nenhuma relação, procurando criar novas possibilidades. Podem ser questões pouco comuns, como o que uma caneta tem a ver como um medicamento. Ou ainda o que costura tem a ver com crianças. A ideia é buscar pontos de afinidades e novas oportunidades no mercado.

O desafio será sempre buscar as relações e coerência entre dois objetos e conceitos. Ainda está muito abstrato? Pense na Netflix, a companhia juntou alguns conceitos bastante diferentes, como cinema (lançamento de filmes), locadora (um diversificado catálogo) e assinaturas mensais (clube). Nessa lógica inovadora, a empresa faz parte de um seleto grupo de companhias que seguem crescendo mesmo na pandemia. Enquanto isso, cinemas estão fechados por conta da quarentena e, há anos, locadoras nem existem mais.

6. Subtração criativa

Nesse método, a ideia é retirar um item e, até mesmo, um pilar de um produto ou serviço, com o intuito de o tornar único e inovador. É o caso das academias, do começo do artigo, que deixaram de lado a estrutura física do seu negócio para alugarem os seus equipamentos, diretamente, para os usuários, que passam a poder treinar em casa. 

No exemplo prático, a academia removeu um de seus pilares, mas manteve o intuito do seu negócio que é bem-estar e a prática de exercícios físicos, o que permitiu que seus rendimentos continuassem mesmo na quarentena. Isso enquanto muitos concorrentes estão fechados, perdendo alunos e buscam se reinventar por outros caminhos, como lives nas redes sociais. Por isso mesmo, é tão importante adotar métodos e metodologias para gerar boas e inovadoras ideias.  

Quer aprender técnicas de gerar ideias com inovação? Entre os dias 15 e 16 de Junho, realizaremos o nosso WORKSHOP: COMO GERAR IDEIAS E INSIGHTS INOVADORES NA CADEIA DE EMBALAGENS E BENS DE CONSUMO, alinhando a teoria e a prática, em parceria com a ABRE – Associação Brasileira de Embalagens. Acompanhe!

Confira a nossa AGENDA de palestras e eventos de Inovação.

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